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República Democrática do Congo (RDC): comunidades se mobilizam para se libertar de um século de plantações coloniais de dendê

Ao invadir a África Central e Ocidental, no século XIX, os colonizadores europeus se deram conta (de uma forma muito estreita) da riqueza que poderia ser gerada com o cultivo de óleo de dendê. Eles começaram a tomar os grandes pomares de dendezeiros da população local e derrubar florestas para formar plantações. Um dos pioneiros desse esforço foi o britânico Lorde Leverhulme, que, através de uma campanha de terror contra a população local, tomou pomares de dendê comunitários e transformou vastas áreas de floresta no Congo em plantações escravistas. As plantações de dendezeiros de sua empresa acabariam se expandindo por toda a África Ocidental e Central, e depois para o Sudeste Asiático, e se tornaram a base da multinacional Unilever, uma das maiores empresas de alimentos do mundo.

Ao invadir a África Central e Ocidental, no século XIX, os colonizadores europeus se deram conta (de uma forma muito estreita) da riqueza que poderia ser gerada com o cultivo de óleo de dendê. Eles começaram a tomar os grandes pomares de dendezeiros da população local e derrubar florestas para formar plantações. Um dos pioneiros desse esforço foi o britânico Lorde Leverhulme, que, através de uma campanha de terror contra a população local, tomou pomares de dendê comunitários e transformou vastas áreas de floresta no Congo em plantações escravistas. As plantações de dendezeiros de sua empresa acabariam se expandindo por toda a África Ocidental e Central, e depois para o Sudeste Asiático, e se tornaram a base da multinacional Unilever, uma das maiores empresas de alimentos do mundo.

A Empresa Radar S/A e a Especulação com Terras no Brasil

  A expansão do agronegócio e a especulação com o mercado de terras no Brasil se inserem no contexto de crise econômica mundial e agravam a vulnerabilidade gerada pela política agrícola baseada no monocultivo de commodities para exportação e pelo aumento da concentração fundiária. Esta política se contrapõe a propostas dos movimentos sociais em defesa da agricultura camponesa e agroecológica como possibilidades de resistência à dominação social pela exploração do trabalho.

  A expansão do agronegócio e a especulação com o mercado de terras no Brasil se inserem no contexto de crise econômica mundial e agravam a vulnerabilidade gerada pela política agrícola baseada no monocultivo de commodities para exportação e pelo aumento da concentração fundiária. Esta política se contrapõe a propostas dos movimentos sociais em defesa da agricultura camponesa e agroecológica como possibilidades de resistência à dominação social pela exploração do trabalho.

A solução das alterações climáticas está nas nossas terras

É essencial reconhecer aos camponeses e às comunidades indígenas o controlo sobre os seus territórios. Só assim poderemos enfrentar a crise climática e alimentar crescente que vive a população mundial.

É essencial reconhecer aos camponeses e às comunidades indígenas o controlo sobre os seus territórios. Só assim poderemos enfrentar a crise climática e alimentar crescente que vive a população mundial.

Infografía : Não às leis das sementes que criminalizam camponeses e camponesas e sim à defesa das sementes locais!

As sementes estão a ser atacadas em todo o lado. Sob pressão das empresas, as leis de muitos países impõem cada vez mais limitações ao que os camponeses e camponesas podem fazer com as suas sementes e com as sementes que compram. Prática milenar, a conservação de sementes é a base da agricultura e está a ser criminalizada a um ritmo acelerado. O que podemos fazer para o evitar?

As sementes estão a ser atacadas em todo o lado. Sob pressão das empresas, as leis de muitos países impõem cada vez mais limitações ao que os camponeses e camponesas podem fazer com as suas sementes e com as sementes que compram. Prática milenar, a conservação de sementes é a base da agricultura e está a ser criminalizada a um ritmo acelerado. O que podemos fazer para o evitar?

Leis de sementes que criminalizam camponeses : resistência e luta

As sementes camponesas estão em ataque em todo lado. Quer por pressão corporativa, quer por leis que, gradualmente, têm colocado limitações aos camponeses e camponesas em muitos países, no que devem  fazer com suas próprias sementes e com as que compram. A coleção e preservação de sementes, uma prática que existe há mil anos como a  base da agricultura, está a ser rapidamente criminalizada. O que podemos então fazer face a isto?

As sementes camponesas estão em ataque em todo lado. Quer por pressão corporativa, quer por leis que, gradualmente, têm colocado limitações aos camponeses e camponesas em muitos países, no que devem  fazer com suas próprias sementes e com as que compram. A coleção e preservação de sementes, uma prática que existe há mil anos como a  base da agricultura, está a ser rapidamente criminalizada. O que podemos então fazer face a isto?

Leis de sementes que criminalizam camponeses : Mais estudos de caso sobre as sementes

As sementes camponesas - pilares na produção alimentar - estão em ataque em todo lado. Quer por pressão corporativa, quer por leis que, gradualmente, têm colocado limitações aos camponeses e camponesas em muitos países, no que devem fazer com suas próprias sementes. Estas experiências adicionais ilustram ainda mais os ataques às sementes - mas também resistências populares - ao redor do mundo, como descrito na brochura "Leis de sementes que criminalizam camponeses : resistência e luta"

As sementes camponesas - pilares na produção alimentar - estão em ataque em todo lado. Quer por pressão corporativa, quer por leis que, gradualmente, têm colocado limitações aos camponeses e camponesas em muitos países, no que devem fazer com suas próprias sementes. Estas experiências adicionais ilustram ainda mais os ataques às sementes - mas também resistências populares - ao redor do mundo, como descrito na brochura "Leis de sementes que criminalizam camponeses : resistência e luta"

Relançando a destruição em Papua: projeto de agricultura monocultora ameaça terras e meios de subsistência indígenas

Nos últimos cinco anos, os moradores da regência de Merauke, na província de Papua, sul da Indonésia, vêm resistindo a um grande projeto agrícola que ameaça a subsistência de mais de 50.000 pessoas. No entanto, recentemente o governo anunciou novos e ambiciosos planos que ameaçam os alimentos e as florestas da maioria indígena Malind, de Merauke.

Nos últimos cinco anos, os moradores da regência de Merauke, na província de Papua, sul da Indonésia, vêm resistindo a um grande projeto agrícola que ameaça a subsistência de mais de 50.000 pessoas. No entanto, recentemente o governo anunciou novos e ambiciosos planos que ameaçam os alimentos e as florestas da maioria indígena Malind, de Merauke.

O conselho de Ministros moçambicano deve dizer não ao reassentamento de mais de 100 mil pessoas no corredor de Nacala

Mais de 500 mil pessoas, residentes nas comunidades ao longo das margens do Rio Lúrio nas províncias de Niassa, Nampula e Cabo Delgado, serão severamente atingidas, caso o Conselho de Ministros de Moçambique decida aprovar o chamado Projecto de Desenvolvimento do Vale do Rio Lúrio (DVRL) no controverso Corredor de Nacala.

Mais de 500 mil pessoas, residentes nas comunidades ao longo das margens do Rio Lúrio nas províncias de Niassa, Nampula e Cabo Delgado, serão severamente atingidas, caso o Conselho de Ministros de Moçambique decida aprovar o chamado Projecto de Desenvolvimento do Vale do Rio Lúrio (DVRL) no controverso Corredor de Nacala.

O ataque às leis fundiárias e das sementes: Quem impõe que mudanças na África?

O lóbi para industrializar a produção alimentar na África altera as leis fundiárias e das sementes de todo o continente para servir as empresas estrangeiras de agronegócio. A  finalidade é transformar aquilo que há muito é um bem comum na África numa mercadoria comercializável para controlo e lucro do setor privado, à custa dos agricultores de pequena escala e das comunidades rurais.

O lóbi para industrializar a produção alimentar na África altera as leis fundiárias e das sementes de todo o continente para servir as empresas estrangeiras de agronegócio. A  finalidade é transformar aquilo que há muito é um bem comum na África numa mercadoria comercializável para controlo e lucro do setor privado, à custa dos agricultores de pequena escala e das comunidades rurais.

Famintos de terra: os povos indígenas e camponeses alimentam o mundo com menos de um quarto da terra agrícola mundial

Aqueles que fazem parte das organizações camponesas e indígenas mundo afora e todos aqueles que mantêm alguma proximidade e solidariedade com suas lutas sabem que a falta de terra e a expulsão do campo são hoje processos extremamente graves. Entretanto, um número considerável de especialistas não deixa de assegurar que a maior parte da terra continua nas mãos dos camponeses e indígenas.

Aqueles que fazem parte das organizações camponesas e indígenas mundo afora e todos aqueles que mantêm alguma proximidade e solidariedade com suas lutas sabem que a falta de terra e a expulsão do campo são hoje processos extremamente graves. Entretanto, um número considerável de especialistas não deixa de assegurar que a maior parte da terra continua nas mãos dos camponeses e indígenas.

A aprovação das normas para o comércio das sementes por parte do COMESA será catastrófica para os pequenos agricultores e a soberania alimentar em África

A Aliança para a Soberania Alimentar em África1 condena vivamente a aprovação do projecto de Lei para a Harmonização do Comércio de Sementes de 2013 (doravante referido como «Lei das Sementes»), por parte do Conselho de Ministros do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA), em Setembro de 2013.

A Aliança para a Soberania Alimentar em África1 condena vivamente a aprovação do projecto de Lei para a Harmonização do Comércio de Sementes de 2013 (doravante referido como «Lei das Sementes»), por parte do Conselho de Ministros do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA), em Setembro de 2013.