Português

O ataque às leis fundiárias e das sementes: Quem impõe que mudanças na África?

O lóbi para industrializar a produção alimentar na África altera as leis fundiárias e das sementes de todo o continente para servir as empresas estrangeiras de agronegócio. A  finalidade é transformar aquilo que há muito é um bem comum na África numa mercadoria comercializável para controlo e lucro do setor privado, à custa dos agricultores de pequena escala e das comunidades rurais.

O lóbi para industrializar a produção alimentar na África altera as leis fundiárias e das sementes de todo o continente para servir as empresas estrangeiras de agronegócio. A  finalidade é transformar aquilo que há muito é um bem comum na África numa mercadoria comercializável para controlo e lucro do setor privado, à custa dos agricultores de pequena escala e das comunidades rurais.

Famintos de terra: os povos indígenas e camponeses alimentam o mundo com menos de um quarto da terra agrícola mundial

Aqueles que fazem parte das organizações camponesas e indígenas mundo afora e todos aqueles que mantêm alguma proximidade e solidariedade com suas lutas sabem que a falta de terra e a expulsão do campo são hoje processos extremamente graves. Entretanto, um número considerável de especialistas não deixa de assegurar que a maior parte da terra continua nas mãos dos camponeses e indígenas.

Aqueles que fazem parte das organizações camponesas e indígenas mundo afora e todos aqueles que mantêm alguma proximidade e solidariedade com suas lutas sabem que a falta de terra e a expulsão do campo são hoje processos extremamente graves. Entretanto, um número considerável de especialistas não deixa de assegurar que a maior parte da terra continua nas mãos dos camponeses e indígenas.

A aprovação das normas para o comércio das sementes por parte do COMESA será catastrófica para os pequenos agricultores e a soberania alimentar em África

A Aliança para a Soberania Alimentar em África1 condena vivamente a aprovação do projecto de Lei para a Harmonização do Comércio de Sementes de 2013 (doravante referido como «Lei das Sementes»), por parte do Conselho de Ministros do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA), em Setembro de 2013.

A Aliança para a Soberania Alimentar em África1 condena vivamente a aprovação do projecto de Lei para a Harmonização do Comércio de Sementes de 2013 (doravante referido como «Lei das Sementes»), por parte do Conselho de Ministros do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA), em Setembro de 2013.

Mega projeto brasileiro poderá deslocar milhões de camponeses em Moçambique

O governo brasileiro junto com o sector privado está a colaborar com o Japão para promover um projeto de agronegócio em grande escala no norte de Moçambique. Denominado ProSavana, o projeto poderá disponibilizar 14 milhões de hectares de terra para empresas brasileiras do agronegócio para a produção de soja, milho e outras culturas de rendimento que serão exportadas pelas empresas transnacionais japonesas. Essa área de Moçambique, conhecida como Corredor de Nacala, é uma região onde moram milhões de famílias camponesas que correm o perigo de perder suas terras nesse processo.

O governo brasileiro junto com o sector privado está a colaborar com o Japão para promover um projeto de agronegócio em grande escala no norte de Moçambique. Denominado ProSavana, o projeto poderá disponibilizar 14 milhões de hectares de terra para empresas brasileiras do agronegócio para a produção de soja, milho e outras culturas de rendimento que serão exportadas pelas empresas transnacionais japonesas. Essa área de Moçambique, conhecida como Corredor de Nacala, é uma região onde moram milhões de famílias camponesas que correm o perigo de perder suas terras nesse processo.

Relatório do Banco Mundial sobre a neogrilagem legal de terras: uma decepção e um fracasso

Na semana que passou, em 7 de setembro de 2010, o Banco Mundial finalmente decidiu publicar o seu tão esperado relatório sobre a neogrilagem legal em escala global de terras agrícolas. Depois de anos de trabalho, vários meses de negociações políticas e sabe-se lá quanto dinheiro gasto, o estudo foi divulgado de forma casual no website do Banco – somente em inglês.

Na semana que passou, em 7 de setembro de 2010, o Banco Mundial finalmente decidiu publicar o seu tão esperado relatório sobre a neogrilagem legal em escala global de terras agrícolas. Depois de anos de trabalho, vários meses de negociações políticas e sabe-se lá quanto dinheiro gasto, o estudo foi divulgado de forma casual no website do Banco – somente em inglês.

As Ilhas Maurício lideram a corrida para apossar-se de terras para arroz em Moçambique

Ministro das Relações Exteriores das Ilhas Maurício diz que seu governo assegurou uma vasta área de terra em Moçambique para produzir arroz para seu país. Falando em uma sessão de “brainstorming”, no dia 13 de agosto, Arvin Boolell disse que seu Ministério “usou todo o seu peso diplomático para adquirir terra de primeira” para a produção de arroz cobrindo uma área de 20.000 hectares. A maior parte dessa terra está no distrito de Marracuene, na província sulina de Maputo, onde já há intensos conflitos de terra.

Ministro das Relações Exteriores das Ilhas Maurício diz que seu governo assegurou uma vasta área de terra em Moçambique para produzir arroz para seu país. Falando em uma sessão de “brainstorming”, no dia 13 de agosto, Arvin Boolell disse que seu Ministério “usou todo o seu peso diplomático para adquirir terra de primeira” para a produção de arroz cobrindo uma área de 20.000 hectares. A maior parte dessa terra está no distrito de Marracuene, na província sulina de Maputo, onde já há intensos conflitos de terra.